Na fazendinha
perdida no tempo
a brisa é calma
é bom o vento.
Ali, tudo é fresquinho:
o leite, o queijo, as
frutas do pomar.
Para o alimento,
não precisa ir ao
mercado buscar.
Tudo vem direto
da natureza com
mais vida e beleza
para nos alimentar.
Lá vem o pato
Pata aqui, pata acolá
La vem o pato
Para ver o que é que há
O pato pateta
Pintou o caneco
Surrou a galinha
Bateu no marreco
Pulou do poleiro
No pé do cavalo
Levou um coice
Criou um galo
Comeu um pedaço
De jenipapo
Ficou engasgado
Com dor no papo
Caiu no poço
Quebrou a tigela
Tantas fez o moço
Que foi pra panela
Vinícius de Moraes
Pato de verdade..
Olha, lá! É pato de verdade..
Bem pertinho assim,
Com cara de pato
e pena de pato
não fazem quá, quá, quá..
fazem qué, qué, qué,
bem baixinho,
para não acordar
o bezerro vizinho.
O pato da realidade
nem parece com o do
desenho animado.
O pato de verdade
é alegre, altivo
e muito emplumado.
Tem o de pena branquinha,
branquinha.
E também o malhadinho.
Todos com pé de pato
cor de laranjinha,
passam o dia
ao relento
pateando, pateando
um bocado.

O vento trouxe
uma trouxinha
de palavras.
Aninha pega e espalha
no chão do papel,
palavrinha por palavrinha,
para contar do azul do céu
e também da andorinha
que voa ao léu.
Ela escolhe na trouxinha
uma palavra e outra
e mais outra e outra
e faz um versinho,
depois põe a trouxa
de volta no vento
e as palavras se vão
fica então o momento
feito das palavras
escolhidas,
as outras se vão.
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Brubru, parecia, tinha estômago de avestruz engolia tanto sapo carregava tanta cruz não tinha culto aos A...