sábado, 10 de dezembro de 2011

Celestial





Naquela hora,
o céu mais
parecia

toalha de mesa de
algum banquete
celeste.

..................

finamente
bordada, a
lua cheia.

……………

E nós, por aqui,
formiguinhas
distraídas.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Maturidade




Muito belo quando o
Ser amadurece e
sente felicidade


Ah, sol que acontece
Discretamente pelos
horizontes da cidade.
............

Muito feio ser criança
Para sempre

A vida necessita
Desabrochar

Para que se sinta o
Frescor da felicidade
Para que se aprenda
realmente a amar.

Amar de verdade

Que o amor, a todos,
Traga sempre muito
bem: felicidade,
alegria e muita
beleza também.

Que o amor seja
fonte de realização
do que de melhor
se tem:

fraternidade, maturidade
crescimento também.

Ser digno do amor
e no amor crescer

Amar de verdade
e amadurecer.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Integridade

Falar o que pensa
pensar o que sente

sentir o que faz
fazer o que pensa

ser integral dia a dia -
total -

.......

tudo de nada
vale se não há
integridade.

sábado, 19 de novembro de 2011

No reino da poesia

Artur Rajch

Poesia

terra de faz
de conta

imagem
de brinquedo

brincar com
arte

beleza e fantasia
o que tem bastante
no reino da poesia.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Quanto jardim

Duy Huynh





quanto jardim
dentro e fora
de mim

tanto a colher
cores aromas
a escolher

tanto de mim
em cada jardim
que ouso florescer.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Na trilha do mar




Na trilha do mar
tem conchinhas
tem pedrinhas

na trilha do mar
tem mistério

ah, fala sério

tem sim!

Imaginário marítimo



Cadê sereia do mar
cadê pirata

tem príncipe verde
no fundo do oceano?

Pula a água viva
que queima

e não teima que
nesse mar não
tem sereia e
não tem pirata

e nem príncipe
verde no fundo

esse mar é feito
o mundo: real.


................










Sereias, Piratas
pérolas no fundo
do oceano,

príncipes, marujos
trazem notícia de
Atlântida perdida:

mar que se soube
nos desvãos do
imaginário.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Jogo do gosto/não gosto




Gosto

de chuvinha fina
de tudo que ensina

de dia ensolarado
de gente boa do lado

de céu de azul anil
de flores e flores mil

de ler um livro bom
de um enebriante som

de sentir em tudo melodia
de chá que aos poucos esfria

de gente simples de verdade
de sorriso feito de sinceridade.




..........

Não gosto

De quem não sabe ficar só
e que não dá ponto sem nó

De gente mascarada
de janela fechada

De língua de trapo
de boca de sapo

De coisa muito azeda
de baratas, ai que meda!





terça-feira, 18 de outubro de 2011

Cardume






renda de cardume
na beira do riacho

vem ver Gabi!

ali debaixo

onde a realidade
faz uma
curva

se confunde
com a fantasia

no espelho do
riacho

em plena luz
do dia.

Ondinhas



Na beira do mar
tem ondinhas :

pula uma, pula duas
pula três

na beira da vida
também tem
ondinhas a pular

uma, duas, três,
quatro, cinco,
seis

ondinhas beiram o
mar e beiram a vida
para que se aprenda
a passar

e mirar o vasto
oceano que
convida a
navegar.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Escolhas







Que o mundo não
te faça desconfiado
confiar é um barato

o sol sempre vem

urde cores e brilhos na
estrada de ladrilhos
que se pode escolher
ao confiar.
…........











deixe amor de
herança numa
terra machucada
onde mais vale a
estrada ensolarada
do bem viver

aqui, se pode
sempre escolher:
basta ter confiança
…..

















De verdade, viva,
ame com vontade

alegria invade
quem escolhe
amanhecer.

sábado, 8 de outubro de 2011

brinco de princesa



distrair os

olhos para

ver quanta

beleza:


anoitece



de brinco

de princesa.


A tal felicidade


De que vale qualquer

coisa se não há

felicidade?


Se a janela

não se abre

se a alegria

não invade.


..........


De que vale

se no íntimo

não se sorri


se for para ter

que seja paz

se for para ser


ah, muito feliz!

...........


feliz, de não

precisar de

nada


mais que uma

noite enluarada.

......


ser com vontade

ser de verdade

assim à porta

bate a tal

felicidade.


sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Borboletário II (onde já se viu?/pensamento)






Onde já se viu
borboleta presa
em alguma flor

borboletinha
vai onde quer

se aninha ao
vento que
escolher.


...............





a borboleta do jardim
mandou notícias pelo
vento e despertou no ar
um lindo pensamento.

Sem pressa

(caminho do sol)



prá quê tanta
pressa, não é
assim que se
começa o dia


.....

se do zênite ao
nadir, segue o
sol pelas mãos
de um menino.

Apure os sentidos




Ouça a música
do vento

a árvore vibra
e todo o mundo

escolha cada
pensamento

apure os sentidos
veja bem fundo

no íntimo de cada
coisa, o universo

aqui e agora
lá fora e em nós.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Da carruagem de Apolo


Beijo de borboleta
no sol, com os cílios,

astro mais parece
de brinquedo.

Apolo, no crepúsculo,
é sempre poeta

de sua carruagem, mais
que raios de sol, saltam
poemas.

sábado, 1 de outubro de 2011

Arte do Sol



alegria invade, enquanto

o sol faz arte


queria voar, de repente,

não podia: asas as tinha


onde, não sabia!


sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Maricota, a lagartixa

*devemos respeitar todos os animais, mesmo as repugnantes lagartixas. O poema a seguir é uma brincadeira, uma metáfora antiga que agora faz algum sentido, feito para divertir!


Vai catar lata,
Maricota, lagarta
cheia de lorota

ah, Maricota,
sai do meu pé,
vai ver se eu
tô na esquina ou
debaixo da quina

ah, Maricota,
lagarta obcecada
criatura vil
e mal amada
sai do meu pé.

Ah, Maricotinha,
vai se fingir de
boazinha em outra
freguesia,

arruma outra folia,
suma daqui.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Pleno viver

(cores do alvorecer)





cada manhã é nova
para que se perceba o
que ontem não se viu:

flor que acabou de
nascer

fresta da janela que
de luz se inunda

movimento dos pássaros
ao anoitecer

cada dia novo portal
e é maravilha perceber
a alegria que invade à
plena entrega ao viver.

Pelo caminho do mar







Algumas vezes
é preciso mudar
o rumo do barco
a direção das velas

tudo está sempre
em movimento
nada fica parado

mude o rumo
sempre que a
vida sinalizar

mais vasto que
as raízes, o céu
para onde se
cresce sempre
pelo caminho
do mar.

sábado, 24 de setembro de 2011

Gente de que gosto



gosto de gente

que não mente


que olha no olho

que é o que é

sem receio de

ser diferente


que mais ama

do que quer

ser amado


mais compreende

do que quer ser

compreendido


mais alimenta do

que quer ser

alimentado


gosto de gente

feliz e de bem

com a vida


que não chora

à toa e nem

se lamenta


e com um

simples sorriso

a dor afugenta.



quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Borboletário



Batem as asas
do tempo, feito
borboletinhas

tudo tão rápido
passa

fica a beleza que
se inscreve no voo

e que se busca nos
jardins da vida.


.................




há jardins que nos
esperam, sempre,
lá fora cá dentro

feitinhos do bater
de asas: nossos
pensamentos.


.................



lagarta caminha
pela folha e come
come come
até fazer casulo

onde germinam
rotas de voos.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Íntima cidade







Que posso te desejar
neste mundo, senão
muita lucidez

astro de luz
abundante que
torna o engano
sem vez.

Que a luz te faça
inteiro,

vida, feita de ondas, é
preciso muita integridade
para viver e não se perder

e retornar inteiro à
plena felicidade

único jardim verdadeiro
em nossa mais íntima
cidade.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Na direção do amor



Além das aparências,
o sentir

não há como mentir
diante do que se sente.

O mundo não está
a nosso dispor, não
existe para nos servir

crescer é ser
independente

na direção do sorrir
mais sorriso se atrai

na direção da alegria
a vida nada nos subtrai

antes acrescenta

pode ser de outra forma
pode ser de outra cor

a vida acrescenta sempre
na direção do amor.

Jogo do pode e não pode




Andar descalço, pode
pode andar no barro

pintar a parede, pode
de toda cor, se quiser

desenhar bonito, pode
pode borrar também

desarrumar tudo, pode
fazer uma boa bagunça

fazer tudo direito, pode
errar um pouco também.

Não pode e pode pode pode
mais pode que não pode

não precisa sempre acertar
para ser amado:

o verdadeiro amor sabe
dos erros também.

Importa é crescer e
sentir-se estimado
para a vida aprender
a estimar também
.

Bolha de Sabão




brilha leve e
some

bolha de sabão

cada sopro,
tanta bolha
tantos mundos
de sabão

sopra sopra
o menino para
criar a ilusão

tantos mundos
como o nosso
tal bolhas de sabão.

domingo, 18 de setembro de 2011

Sempre sorrir


ofereço-te este

canto

para logo te ver

sorrir


a vida acontece

e é música linda

basta querer ouvir


e é um presente

tão especial com

muito amor a florir


tem nuvem de toda

cor


tem flor para todo sim


joaninha formiguinha

aroma doce de jasmim


mundo de tanta coisa

e de tanto a descobrir


faça chuva ou faça sol

podemos sempre sorrir.


Nuvens de chocolate


A nuvem é assim

sempre a mesma

e outra coisa


Forma cada forma:

cachorro, bola,

tartaruga


Coração, árvore e

gota de chocolate


A nuvem é assim


aparece


desaparece


Trisco de sonho

que ao acaso

acontece



Berço da Lua


a nuvem de tão

encantada com

a lua curvou-se

e fez um berço.

Poemas de vento



Menino que olha para o céu


teus olhos, o que bolinam?




Nuvens com forma de avião?


Ou seriam estrelas que teus


olhos buscam no firmamento


da imaginação.




………….




Nuvens no céu são poemas


feitos pelo vento e que o


acaso inventa.

sábado, 17 de setembro de 2011

De asa amarela

borboletinha

de asa amarela

que voa tão bela


o céu é teu limite as

flores tua inspiração

teu voo, borboletinha,

para mim é canção.


Detalhes do jardim


formiguinha sabe bem

por onde passeia:


pela flor em botão que

o desabrochar anseia


mundo colorido, perfumado

que cabe todo no jardim


formiguinha, formiguinha

deleite para voce e para

mim.


Fadinha


fadinha

do jardim


faz da brisa

encanto

sem fim


e do tempo

leve risca

de giz


ao redor luz

encantada

manto feliz


teu doce rastro

fadinha do jardim.



quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Na fazendinha


Na fazendinha

perdida no tempo

a brisa é calma

é bom o vento.


Ali, tudo é fresquinho:

o leite, o queijo, as

frutas do pomar.


Para o alimento,

não precisa ir ao

mercado buscar.


Tudo vem direto

da natureza com

mais vida e beleza

para nos alimentar.



segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

O carneirinho


Ei, moça

sou só um

carneirinho

não quero

aparecer em

foto

nem virar

poeminha.


Sou só um

bichinho

não quero

ser visto

mas ficar

no meu canto

quietinho.


Que sou um

carneirinho.


Não há pastor

no meu rebanho,

meu pêlo

não vai virar lã.


Sou só um

carneirinho

e quero ficar

quietinho.


domingo, 2 de janeiro de 2011

É pato..


Lá vem o pato
Pata aqui, pata acolá
La vem o pato
Para ver o que é que há

O pato pateta
Pintou o caneco
Surrou a galinha
Bateu no marreco
Pulou do poleiro
No pé do cavalo
Levou um coice
Criou um galo

Comeu um pedaço
De jenipapo
Ficou engasgado
Com dor no papo
Caiu no poço
Quebrou a tigela
Tantas fez o moço
Que foi pra panela

Vinícius de Moraes

Pato de verdade..

Olha, lá! É pato de verdade..


Bem pertinho assim,

bem bonito sim.


Com cara de pato

e pena de pato

não fazem quá, quá, quá..

fazem qué, qué, qué,

bem baixinho,

para não acordar

o bezerro vizinho.


O pato da realidade

nem parece com o do

desenho animado.


O pato de verdade

é alegre, altivo

e muito emplumado.


Tem o de pena branquinha,

branquinha.


E também o malhadinho.


Todos com pé de pato

cor de laranjinha,

passam o dia

ao relento

pateando, pateando

um bocado.


No vento..


O vento trouxe

uma trouxinha

de palavras.


Aninha pega e espalha

no chão do papel,

palavrinha por palavrinha,

para contar do azul do céu

e também da andorinha

que voa ao léu.


Ela escolhe na trouxinha

uma palavra e outra

e mais outra e outra

e faz um versinho,

depois põe a trouxa

de volta no vento

e as palavras se vão


fica então o momento

feito das palavras

escolhidas,

as outras se vão.


.............



Estômago de avestruz

Brubru, parecia,  tinha estômago de                      avestruz engolia tanto sapo carregava tanta cruz não tinha culto aos A...